Propondo uma ética cristã do “patrão” - III

Igreja Viva | publicado há 7 meses

Propondo uma ética cristã do “patrão” - III

Durante o mês, estamos conversando sobre alguns princípios éticos que nos ajudam a supervisionar segundo o coração de Deus. 
O primeiro ponto que abordamos foi: todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Depois, falamos sobre o fato de todos sermos pessoas em desenvolvimento; hoje, conversaremos sobre o fato de que: todos fomos justificados em Cristo para promover a justiça de Deus. 
“…vocês foram libertos do pecado e tornaram-se escravos da justiça.” (Romanos 6:18) 
Ao ser abençoado com a supervisão de outros seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus, você recebeu a missão cristã de promover a justiça.  Promovê-la no âmbito dos relacionamentos entre os indivíduos e junto à sociedade organizada. 
É importante pensar em como você reagirá a situações como: 
  • Você contrata o serviço de uma outra empresa para cumprir um contrato com um cliente. Esta outra empresa o engana, leva o dinheiro e não entrega o serviço. E o seu cliente? Quem levará o prejuízo? Ser promotor da justiça pode significar perder parte dos lucros ou até ter prejuízo. O baixo padrão ético dos outros não é justificativa para deixar de agir conforme princípios cristãos. Se nós não estivermos dispostos a pagar o preço do discipulado cristão, quem estará disposto? “Em vez disso, corra a retidão como um rio, e a justiça, como um ribeiro perene!” (Amós 5:24). 
  • O salário de um funcionário está defasado, sendo menor do que é justo. Mas ninguém está pagando melhor no mercado. O cristão deve ser guiado apenas pela lei do mercado ou deve considerar algo mais? É claro que o profissional cristão está inserido em um mercado competitivo e, muitas vezes, desleal, porém o lucro de um cristão nunca deve ser conseguido através da exploração do próximo. “Eu virei a vocês trazendo juízo. Sem demora testemunharei contra […] aqueles que exploram os trabalhadores nos seus salários…” (Malaquias 3:5). 
  • As condições de trabalho são sub-humanas quanto a equipamento, segurança e expectativa de produção. O dono diz que tem que ser assim mesmo. Como deve agir um supervisor que promove a justiça? O cristão pode transformar-se em conselheiro, instrumento de conciliação e resolução. “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Se assim não fosse, por que, então, Deus o teria colocado em uma posição de chefia? 
Gostaria de deixar uma pergunta para a sua reflexão: Você tem promovido a justiça no seu ambiente de trabalho? Será que é viável permitir que a injustiça dos outros, da sociedade em geral, determine o seu comportamento? 
Ao assumir a postura de “promotor da justiça” o “patrão” crente age baseado: 
  • Na soberania de Deus (Salmo 86:8-12); 
  • Na providência de Deus (Êxodo 14:21-22; 16:21; 17:6; 20:1-21); 
  • Na justiça de Deus (Romanos 12:17-19). 
Pela fé, o cristão “promotor da justiça de Deus” diz: Eu agirei diferente! Se agirmos conforme a injustiça desta sociedade, nunca descobriremos o que Jesus quis dizer com “Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mateus 5:13). 
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige de você: pratique a justiça, ame a lealdade e ande humildemente com o seu Deus” (Miquéias 6:8). 
Seu pastor e amigo, 
L. Roberto Silvado 

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