Propondo uma ética cristã do “patrão” - II

Igreja Viva | publicado há 8 meses

Propondo uma ética cristã do “patrão” - II

Com relação ao seu ambiente de trabalho, o que você tem ouvido? “Socorro, o meu chefe é crente!” ou “Graças a Deus, meu chefe é crente!”?  
Começamos na semana passada, nas pastorais, uma conversa sobre alguns princípios éticos que nos ajudarão a supervisionar o nosso coração segundo o coração de Deus. 
O primeiro ponto que abordamos foi: todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Hoje, falaremos sobre o fato de todos sermos pessoas em desenvolvimento. 
"Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em Cristo." Filemom 1.6 
Uma empresa pode comprar máquinas que desempenhem uma determinada função, de uma certa maneira no momento desejado.  
Ao diferenciar o indivíduo da máquina, o gerente cristão permitirá que criativamente a individualidade do seu funcionário seja expressa no desempenhar das suas funções. 
Aqui, o empresário precisa libertar-se do conceito “eu sou o único que sabe fazer” ou “o meu jeito é único e certo”. Aprender a ouvir os demais, dar ouvidos à “sabedoria popular” que emana da imagem e semelhança com Deus, assegurar ao liderado o direito e a certeza de que as suas opiniões serão sempre respeitadas, mesmo que nem sempre adotadas, criará um ambiente de crescimento na instituição que certamente refletirá em produtividade e desenvolvimento pessoal daqueles que passam as melhores horas do dia ali. 
Você tem desenvolvido a habilidade de procurar novos caminhos, meios e estratégias? Você crê no valor da “sabedoria popular” e na capacidade criativa dos seus subordinados? Isto sem falar no “treinamento formal” que muitos colaboradores seus já receberam e que estão ao seu dispor. 
Essa percepção dos subordinados protegerá o líder cristão do pecado que é usar pessoas para atingir seus objetivos empresariais. Ele conseguirá que elas desenvolvam o seu potencial como pessoas, e como grupo de pessoas, ao procurar atingir os objetivos que a empresa colocou diante deles. 
Parece uma diferença semântica apenas, mas é muito mais do que isso. Ao criar possibilidades para crescimento do indivíduo e valorização do seu potencial, o empresário cristão está agindo à semelhança de Boaz, no livro de Rute, que abençoava aqueles que trabalhavam nos seus campos. “Nisso Boaz […] disse aos trabalhadores: Que o Senhor esteja com vocês!” (Rute 2:4 NTLH). 
Quando o “patrão” desenvolve um relacionamento com os seus funcionários, no qual a imagem e semelhança com Deus é reconhecida na prática, naturalmente surgirão momentos em que “iguais com funções hierarquicamente diferenciadas” compartilharão a sua humanidade. Supervisor e subordinado, como seres humanos, com um relacionamento de valorização e respeito mútuo, poderão compartilhar um pouco do amor de Deus. Aí, sim, caberá o grito de um subordinado: “Graças a Deus o meu chefe é crente! Eu até gostaria de conhecer mais do seu Deus!!!” 
Que Deus nos ajude a supervisionar segundo o seu coração! 
(Continua no próximo domingo) 
Seu pastor e amigo, 
L. Roberto Silvado 

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