Considerando a clara instrução de Jesus para pregar as Boas Novas a todas as criaturas, com um espírito de inclusão e amor sem segregação, quero compartilhar uma reflexão.
Por que certos grupos em nossa sociedade têm acesso limitado às Boas Novas?
Entre esses grupos, que não são de tamanho negligenciável, encontramos 830 mil pessoas que residem em locais denominados "presídios", que, de certo modo, podem ser vistos como comunidades isoladas/condôminos fechados. Paralelamente, existem muitos outros grupos em diferentes contextos, como escolas e locais de trabalho, que, de maneira semelhante aos detentos, enfrentam desafios em suas vidas devido ao pecado. Isso nos leva a compreender que o termo 'presídio' se torna relativo, pois o aprisionamento pode ocorrer em diversos cenários.
A maioria das pessoas que hesitam em visitar unidades prisionais nunca as visitou, por causa do medo, esse sentimento baseia-se, em preconceitos e na formação de opiniões a respeito do desconhecido. Nesse contexto, minha confiança (que tenho procurado depositar sempre nEle) em Deus e minha experiência (marcada por erros e acertos) me levam a questionar: medo de quê?
Essa pequena reflexão não busca sugerir que todos os cristãos devem exercer ministérios com pessoas privadas de liberdade, mas sim ressaltar a importância de refletir sobre porque há vazios nas instituições prisionais, especialmente nos espaços destinados às atividades da igreja. Por que a igreja ainda não compreendeu completamente essa oportunidade?
Além disso, acredito que existe um equívoco teológico que é exacerbado pela falta de conhecimento bíblico. Isso inclui a falaciosa crença de que os pecados dos prisioneiros são mais graves do que os pecados dos frequentadores de igrejas, apesar de muitos não admitirem essa ideia. No entanto, a ausência da igreja em várias instituições prisionais evidencia um desequilíbrio e um tratamento desigual em relação à missão do "Ide" , pregando o Evangelho a todos. Ademais, as unidades prisionais representam ambientes férteis e oportunidades para a disseminação do Evangelho.
É fundamental lembrar que o pecado é uma régua e um prumo que demonstram que todos, sem exceção, são pecadores.
Nesse contexto, a Junta de Missões Nacionais, Capelania Prisional Batista, atua nas duas pontas: Igreja e Penitenciária, reconhecendo que existem membros nas Igrejas Batistas dispostos a dedicar suas vidas a ministrar aos presos. Procuramos alinhar o potencial dos dons e talentos dos membros com as necessidades e oportunidades presentes nas unidades prisionais.
Aproveito para agradecer a minha Igreja a qual sou membro, Igreja Batista do Bacacheri, que tem ido comigo “ombro a ombro”, apoiando o ministério que Ele confiou em minhas (nossas) mãos.
Junta de Missões Nacionais – Uma Igreja em cada Penitenciária!
Escrito por: Pr. Luis Carlos Magalhães