A Igreja e o Autismo

Igreja Viva | publicado há 1 ano

A Igreja e o Autismo

Atualmente temos ouvido falar mais a respeito do autismo ou TEA (Transtorno do Espectro Autista), seja pelas redes sociais, mídia em geral ou por conhecermos alguém com esse diagnóstico. Estudos recentes apontam que cerca de uma (1) em cada trinta e seis (36) pessoas são autistas e, apesar da maior incidência do diagnóstico ser em crianças, muitos adultos têm recebido este diagnóstico tardiamente. 

Pouco se sabe sobre as causas do Autismo, mas os sinais estão relacionados às dificuldades de comunicação, interação social e comportamento. O autismo não é percebido por características físicas ou comportamentais específicas e afeta o cérebro de formas diferentes e individuais, podendo incluir a alteração da sensibilidade a estímulos sensoriais como barulhos, percepção da luminosidade, cheiros, dentre outros fatores, ou seja, cada indivíduo é único dentro de um espectro de possibilidades.

Você já parou para pensar quantos autistas frequentam nossa igreja? 

 Nossa igreja é viva, relacional e discipuladora. Incentiva o crescimento espiritual através da comunhão e, muitas vezes, isso pode ser um grande desafio para pessoas autistas e suas famílias. Ao fazer um exercício de empatia observando a igreja através do olhar de um autista, podemos até considerá-la um ambiente “amedrontador”. Durante o culto, recebemos uma enorme quantidade de informações e estímulos através das músicas, imagens, luzes, sons altos, pessoas falando, etc. Em contrapartida, é esperado que tenhamos um certo padrão de comportamento, ou seja, que fiquemos em silêncio, calmos, sentados, aspectos difíceis para alguns autistas. 

Esta grande disparidade entre estímulos e reações pode afetar muitas famílias atípicas, com um membro autista, pois, em alguns casos, eventos causando agitação ou crise durante o culto podem gerar algum desconforto, especialmente pelo modo como pessoas olham ou até julgam a situação. Por isso, frequentemente essas famílias não se sentem bem em ambientes como igrejas e param de frequentar os cultos.

Participar presencialmente do culto é um grande privilégio na vida cristã, e durante a pandemia, todos nós sentimos falta de estar na casa de Deus com nossas famílias e irmãos em Cristo e por isso devemos estimular todos a participarem desta grande e especial comunhão, buscando compreender e conviver harmoniosamente com as diferenças de comportamentos. Creio que a melhor forma de promover a convivência harmoniosa de famílias típicas e atípicas é exercermos o amor e a inclusão que o próprio Jesus nos ensinou. Tratar o outro com consideração, respeito e compreensão de suas diferenças ou limitações é muito importante, sejam elas causadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou por desconhecer esta condição.

O Ministério Compaixão e justiça através do Incluir está se estruturando para promover o acolhimento, inclusão e discipulado de pessoas com deficiência, incluindo pessoas com TEA. Procure conversar com algum líder deste Ministério para expor as características, dificuldades e habilidades da pessoa com autismo e, na dependência de Deus, vamos cumprir o nosso propósito descrito em Marcos 16.15, que é pregar o Evangelho para todas as pessoas. 

Por: Gleyce M. Romanini Fardo


 

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